Léo aceita críticas e não teme a pressão: ‘Assumo a responsabilidade’ Aos 32 anos, lateral-direito não vive bom momento, assim como outros titulares, mas confia na recuperação

Nem mesmo os 352 jogos e os 11 títulos conquistados com a camisa do Flamengo servem de blindagem contra as críticas. É na experiência acumulada em seis anos consecutivos de Gávea que Léo Moura se escora no momento mais difícil dele e do time na temporada. A incômoda sequência de sete jogos sem vitória no Campeonato Brasileiro fez crescer a desconfiança dos rubro-negros. O time de Vanderlei Luxemburgo continua em quinto na tabela, o que garante a vaga na Libertadores do ano que vem neste momento. A distância para o líder Corinthians, no entanto, aumentou. Após a derrota por 2 a 1 no confronto direto da última quinta-feira, o clube paulista abriu sete pontos: 43 contra 36.

Luxa reconheceu que algumas peças importantes da equipe caíram de rendimento. Não citou nomes, mas Léo, Thiago Neves, Ronaldo Angelim, Junior Cesar, Deivid e Willians já viveram momentos melhores na competição. Contra os corintianos, o camisa 2 fez apenas uma jogada pela lateral e um levantamento de bola para a área. Não foi à linha de fundo uma vez sequer.

- É normal que o questionamento apareça. Tenho que pensar em não jogar só para mim, mas pelo time. Às vezes, você não chega tanto no ataque, e as pessoas questionam. Estou há seis anos no Flamengo, a pressão sempre vai chegar nos jogadores experientes, sou um deles e assumo a responsabilidade. O Flamengo percisa muito mais de mim e vou procurar melhorar.
Léo Moura disse mais de uma vez que no esquema 4-4-2 a faixa de campo onde atua fica ainda maior. A queda de produção, segundo ele, não tem relação com o posicionamento tático.
- Não tem qualquer limitação. A liberdade existe, mas você não pode abandonar lá atrás, jogamos numa linha de quatro, é preciso ter atenção.

Ele reconhece que ainda é vítima das limitações provocadas pela lesão sofrida no joelho direito, no fim de abril.

- Lógico que quando você fica muito tempo parado (quase 20 dias) para voltar ao ritmo é muito difícil. Tenho treinado, me dedicado para voltar a ajudar o Flamengo nas jogadas, na conquista das vitórias. Vou trabalhar mais fisicamente e taticamente para conseguirmos os resultados.

Neste domingo, o Flamengo enfrenta o Atlético-PR, em Macaé, às 18h (de Brasília)